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segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Baixando sites inteiros com o wget

Muitas vezes você encontra um site cheio de coisas interessantes, mas não dispõe de tempo para ler on line na hora. Ou, encontra algo tão importante que pretende guardar em CD ou DVD, para nunca perder. A natureza dos sites da web não permitem isso. Você entra, acessa um site e navega pela página. Se quiser outro conteúdo, deve clicar num link, então o mesmo é descarregado até a sua tela. Fica complicado, por exemplo, querer salvar um site inteiro no seu computador clicando nos links e salvando página por página.
Lá vem a computação novamente, com sua rapidez e "inteligência". Sim, inteligencia entre aspas porque as máquinas em si são burras, meros papagaios, como você sabe só fazem aquilo que foi previamente programado. Há programas que podem baixar os sites inteiros, sem que você precise entrar e clicar em link por link. O que esses programas fazem é seguir os links das páginas, deifinidos em HTML pela tag <a href=...>. No final do processo, você pode ter todo o site ou várias páginas e arquivos do seu interesse.
Existem vários programas que se propõem a isso, a maioria para Windows, normalmente pagos. Quase sempre o que se encontra são sharewares, que se limitam a funcionar por um período determinado ou baixam apenas um certo número de páginas, sendo liberados somente na versão completa. Há um gratuito e open source, o HTTrack (WinHTTrack, na versão para Windows), é bom e relativamente bastante usado, por ser fácil e bastante personalizável. Mas há muito tempo há uma outra solução gratuita e aberta, muito conhecida pelos usuários de Linux: o wget. O wget é um programa criado inicialmente para o ambiente Unix/Linux, cujo objetivo principal é baixar arquivos da internet. Ele pode ser usado em scripts, tornando a programação de diversas "aplicações" bem mais fácil. Para felicidade de quem usa Windows, saiba que há uma versão portada dele para o Windows, que funciona exatamente da mesma forma da versão Unix. E para quem quer baixar sites inteiros ou várias páginas, ele também tem esse recurso. De quebra, é um programa bem pequenininho, operado via linha de comando, o que permite o uso fácil em scripts ou a criação de interfaces.
Antes de começar, tenha em mente que baixar sites inteiros pode prejudicar os sites. Além dos sites em si, essa tarefa que pode consumir muita banda de download deles, você pode acabar prejudicando outros sites que estejam hospedados no mesmo servidor, especialmente se for um hospedeiro compartilhado - mesmo comercial. Muita gente não tem noção de que baixar sites de uma vez ou acessar excessivamente arquivos grandes pode ser prejudicial, e faz isso sem saber; é bom que você esteja consciente para não abusar.

Obtendo o wget

Quase toda distribuição de Linux inclui ele. Caso não inclua, experimente instalá-lo usando o gerenciador de pacotes da sua distribuição. Se você usa Windows, pode baixá-lo em:
http://pages.interlog.com/~tcharron/wgetwin.html


O básico do wget

Para baixar um arquivo com o wget, basta dar o comando wget seguido pelo caminho do arquivo na internet. Exemplo:
E o arquivo será baixado na pasta atual do prompt de comando. Caso o download seja interrompido (porque o computador trave, ou o usuário tecle CTRL + C no prompt), é possível recontinuar do ponto em que parou, caso o servidor suporte o recurso. Basta informar, antes da URL, o parâmetro -c, e claro, usar a mesma pasta que contém o "pedaço" anterior do arquivo:
Muita gente usa o wget como gerenciador de downloads (no Linux), em vez de baixar os arquivos pelos navegadores. Ele não acelera os downloads (como fazem os "aceleradores de downloads", que abrem várias conexões), mas permitir recontinuar do ponto em que parou é muito útil, especialmente para quem acessa com conexão lenta ou instável, que cai toda hora.


Baixando sites inteiros

Passando o parâmetro -r, ele baixará todos os arquivos encontrados no domínio. Cuidado, use com atenção e responsabilidade! Além de poder atrapalhar o site, você poderá baixar muita coisa inútil. A sintaxe seria:
wget -r http://www.umsitequalquer.com.etc

Ele seguirá os links definidos em HTML, pela tag <a href...> nas páginas. Links em JavaScript ou em flash não serão reconhecidos, e as páginas não serão baixadas. No caso do JavaScript, é quase impossível um programa sair baixando tudo realmente, pois há várias formas de se "programar" links em JavaScript. Por padrão, o wget ignora os arquivos que o produtor do site pediu para ignorar, por meio de um arquivo especial, o "robots.txt". Esse arquivo serve para os motores de busca de sites de pesquisa; eles lêem o arquivo e ficam sabendo para quais arquivos não devem seguir os links. Isso impede que o wget baixe determinados arquivos, arquivos esses que muitas vezes são justamente os que você precisa. Para fazê-lo ignorar os arquivos "robots.txt" e baixar tudo o que encontrar, basta usar o parâmetro -erobots=off. Ficaria assim:
Apesar de tecnicamente possível, é um meio não muito legal fazer isso. Essa opção -erobots=off não é comentada em muitos lugares. Novamente alerto, use com responsabilidade ou quando precisar "mesmo", afinal não devemos ser contra a divulgação de informações. Você pode usá-la, por exemplo, quando quiser baixar um arquivo linkado mas que não esteja disponível para ser indexado pelos buscadores (via robots.txt), já que o wget o ignoraria.
Uma dica para reduzir a quantidade de downloads é baixar apenas arquivos de determinado tipo, por exemplo, apenas páginas HTML. Isso é possível com o parâmetro -A, especificando a seguir o tipo de arquivo pela extensão. Veja:
As páginas ASP, PHP, entre outras, serão convertidas em HTML pelo wget (até porque serão páginas já processadas quando o wget acessá-las), ou seja, você não precisará se preocupar em ficar digitando todas as extensões possíveis para as páginas. Da mesma forma, fica fácil baixar todas as imagens:
ou
Depende do que você precisa.

Dica direta para baixar sites inteiros: o wget possui o parâmetro -m, ideal para fazer espelhamentos de sites (mirroring), onde ele já ativa as opções necessárias. Se seu objetivo é fazer um mirror do site, pode ir direto ao ponto:
Outra coisa é a identidade do navegador. Alguns sites só oferecem o conteúdo ao verificarem que é determinado navegador que está acessando a página (como o IE, por exemplo), e o wget não conseguiria acesso aos arquivos. Pode-se fingir a identidade de navegador com esse parâmetro:
--user-agent="Mozilla/4.0 (compatible; MSIE 6.0; Windows NT 5.0)"
Colocando no texto entre aspas a identificação do navegador e sistema que você quiser.


Páginas protegidas com senha

Páginas que exibem uma tela de login personalizada, via web mesmo, provavelmente não poderão ser baixadas. Digamos que você queira baixar todo o conteúdo do Orkut, ou de uma comunidade ou fórum restrito. Ao acessar a página, vem uma página do site que pede o login e a senha. O wget pararia nela e se limitaria a pegar as páginas linkadas à ela diretamente.
No entanto, páginas que pedem senha diretamente pelo servidor, podem ser baixadas. Estas podem ser acessadas passando o nome e a senha diretamente na URL, com o wget não seria diferente:
wget http://usuario:senha@servidor.com.etc/arquivo.etc
Também pode ser usado para servidores FTP, bastando trocar o http:// por ftp://.

Outros parâmetros importantes

Através de diversos parâmetros podemos controlar melhor o donwnload dos arquivos. Eis alguns importantes:
  • -t0
Número de vezes que ele deve tentar baixar um arquivo, caso não consiga. Definindo zero deixa configurado como "ilimitado", o que faz ele ficar tentando até conseguir baixar. Observe que deve-se deixar o número logo ao lado da letra "t", sem espaço. É bom usá-lo mas com cuidado, num site com muitos arquivos e uma conexão ruim, você pode ficar forçando o download de vários arquivos que nunca serão baixados, à toa. Por precaução, defina um número menor, como -t3 ou -t5.
  • -c
Permite continuar downloads interrompidos, sem que ele precise baixar o que já foi baixado, incluindo pedaços de arquivos (e não apenas páginas). É bom usá-lo, principalmente quando não der tempo de baixar o que você quer em uma única vez.
  • -np
Ideal para baixar páginas de uma mesma área de um site. Com o -np (no-parent) ele baixa apenas os arquivos da URL definida sem pegar a pasta pai dela. Por exemplo, utilize caso queira baixar o site http://www.site.com.etc/algumacoisa, mas não o conteúdo do http://www.site.com.etc (e sim apenas da pasta /algumacoisa).
  • -T30
Define o timeout (limite de tempo) para 30 segundos. Quando ele fica à espera do arquivo, em conexões lentas, esse parâmetro orienta a refazer a conexão para puxar tal arquivo a cada 30 segundos, até conseguir. Observe a diferença que este é em letra maiúscula.



E os donos dos sites, como ficam?

Certamente não gostam nada nada disso. É possível aplicar alguns bloqueios diretamente no servidor (o que foge ao objetivo deste texto, além do que variará muito dependendo do software de servidor utilizado), por exemplo, bloqueando IPs que acessem várias páginas por segundo (mais precisamente um número maior de bytes definido por você), reduzir a velocidade, ou até mesmo banir o IP por um período.
Mas não haverá muito o que fazer para páginas em si. O pessoal dá um jeito, afinal se pode ser acessado pelo navegador, poderá ser baixado e salvo.
Uma dica para evitar downloads automático de arquivos grandes, poupando banda do servidor, é usar um link definido em JavaScript. Praticamente nenhum programa copiador de sites identificaria o link, mas nos navegadores funcionaria normal. Estar com o JavaScript habilitado nos micros clientes hoje é praticamente obrigatório, não existe mais aquele papo de problemas de compatibilidade. Sendo assim, não se preocupe com o link em JavaScript, pois ele funcionará.
A criação do link fica a seu critério, evite colocar o nome do arquivo por inteiro. Um exemplo prático: definindo uma função na página:
<script language=javascript>
function BaixaCoisa(arq){
self.location.href = arq;
}
</script>
E chamando a função nos links assim:
<a href="javascript:BaixaCoisa('/arquivo.iso');">Clique aqui para baixar o CD</a>
Se preferir, pode complicar mais, mas dará mais "trabalho" para implementar. Exemplo (este coloque diretamente no local onde for ficar o link):
<script language=javascript>
document.write('<a href=');
document.write('arquivo.zip');
document.write('>');
document.write('clique aqui');>
document.write('</a>');
</script>
Um outro meio um pouco mais complicado de implementar, é aplicar CAPTHA, aquela verificação de letras e números aleatórios em determinadas seções do site. O programa pára ali. Mas cuidado, a maioria dos sistemas não permitem o uso por deficientes visuais, o que prejudica legal a acessibilidade do seu site, especialmente se usar isso em áreas essenciais.
É isso. Responsabilidade sempre!

Hackear senhas do Windows

 

Introdução

O Windows XP é relativamente robusto e estável, além de oferecer muitas opções de configuração. Deveria ser seguro nas mesmas proporções, mas, infelizmente, não é isso o que acontece. Uma vez precisei da senha de administrador de uma instalação do meu Windows 2000, pois instalei às pressas e não anotei a senha. Para meu uso diário, fiz uma conta limitada, mas, um belo dia precisei me logar como administrador para instalar os drivers da webcam. Aí começou a dor de cabeça: e agora, que senha eu usei na instalação?
Percorrendo a Internet, não demorou muito para encontrar a solução. No Windows NT/2000, para contas locais, basta apagar os arquivos SAM e SAM.log, da pasta C:\WINDOWS\system32\config. Comentei isso na época em meu site.
Aproveitando a solução, testando no Windows XP, não funcionava: o sistema ficava inacessível após a remoção destes arquivos, e nem iniciava mais. Ou seja, isso foi detectado e corrigido no Windows XP, mas não no 2000, pelo menos, não até o Service Pack 4.

Qualquer um pode ser administrador!

Recentemente, recebi pela área de envio de dicas de um dos meus sites, uma dica bem rápida, aproveitando-se de um recurso do Windows XP para obter acesso como administrador. Deixo então o agradecimento pela colaboração do Rhadsclei, que me passou a ideia e o nome do arquivo envolvido, e decidi comentá-la neste texto, detalhadamente.
O Windows XP usa uma conta especial do sistema, chamada "SYSTEM". Essa conta é usada enquanto nenhum usuário está logado, pois para os programas funcionarem no Windows NT, eles precisam de uma conta de usuário, e usarão as configurações de personalizações e segurança do perfil desse usuário. Mesmo após o logon, se você abrir a guia "Processos" do Gerenciador de tarefas, verá que alguns programas são executados por essa conta, "SYSTEM". Possivelmente são serviços essenciais inicializados antes do ponto de logon, onde há interação com o usuário. Muito provavelmente esta conta especial é usada durante a instalação do Windows também, após o início da parte gráfica. A "brecha" é que ela possui privilégios administrativos. Qualquer programa rodado com ela, tem direitos de administrador, e pode fazer o que bem quiser no sistema. Eis o segredo: rodar um programa sem fazer logon, usando essa conta. Você me perguntaria: mas como, se antes de fazer logon não tenho acesso a nenhum menu ou meio de chamar programas?
Por vias normais, não. Mas...
O Windows possui ferramentas de acessibilidade, para auxiliar de forma mínima usuários com deficiências motoras e/ou audiovisuais. Ele possui um gerenciador de utilitários, chamado pelo atalho Win+U. Independentemente deste, pode-se ficar segurando a tecla SHIFT por 8 segundos, e então as opções de acessibilidade são abertas. Elas permitem configurar o alto-contraste, o movimento do cursor do mouse via teclado, a emissão de sons em determinadas situações, a piscagem da tela durante a reprodução de um som de sistema (como um "beep", por exemplo), etc. Para permitir que os usuários com necessidades especiais tenham esse auxílio durante o logon, o atalho de ficar segurando SHIFT por 8 segundos funciona também na tela de logon.
Eis o truque, facilmente aplicado: substituir o arquivo que é chamado pelo atalho das opções de acessibilidade por outro executável qualquer. O mais prático é o "cmd.exe", o interpretador de comandos. Basta acessar a pasta system32, renomear (ou apagar) o arquivo "sethc.exe", e então copiar o "cmd.exe" para essa mesma pasta, renomeando a cópia com o nome "sethc.exe". Só isso. Agora, ao segurar SHIFT por 8 segundos, o prompt de comando será aberto. Na tela de logon, como os direitos da conta usada ali são de administrador, o prompt de comando será executado como administrador.
Nota: na tela de logon que lista os usuários, o prompt de comando (ou o arquivo "sethc.exe", mais precisamente) poderá ficar oculto, por trás dela. Para não se atrapalhar e exibi-lo corretamente, alterne para o logon clássico, teclando duas vezes CTRL + ALT + DEL. (No Windows NT, teclar duas vezes CTRL + ALT + DEL não faz com que o sistema seja reiniciado; se você não acompanhou o Windows 2000/XP e só conhece o 9x/Me, é bom saber disso :)
O arquivo pode ser substituído facilmente se o usuário possuir uma conta local, mesmo que restrita, e se o HD estiver formatado em FAT/FAT32. Usando o próprio Explorer pode-se trocar o arquivo, já que ele não fica aberto o tempo todo. Se o HD estiver formatado em NTFS, onde os usuários limitados não têm permissão de escrita nas pastas de sistema do Windows, e/ou se o usuário for um intruso que não possui sequer conta local, basta usar um sistema alternativo, que rode do CD. O mais comum é o Linux, diversas distros, como o Kurumin :) Isso considerando que o sistema possa ler e escrever em NTFS, o que é o caso do Kurumin 7.

Rodando o prompt de comando como administrador, você pode chamar programas, que serão executados com privilégios de administrador. Rode "control userpasswords2" para criar novos usuários ou redefinir a senha de qualquer conta de usuário, incluindo, é claro, do administrador.
Se preferir, use o console de gerenciamento do computador (compmgmt.msc), e clique em "Usuários e grupos locais". Eu me surpreendi, pois foi possível rodar até o Explorer! Veja alguns screenshots. Para decepção dos usuários que confiam tanto na segurança do Windows, saiba que estas imagens não foram montadas num programa gráfico, foram todas obtidas com o famoso "Print Screen", salvas originariamente no Paint, também rodando sem fazer logon:
Área de trabalho aberta sem logon, no Windows XP.
Ao dar o comando "explorer.exe" no prompt, o Explorer foi aberto. Na primeira vez, definiu o papel de parede "Alegria", que é padrão, e ainda ofereceu o "Tour do Windows". Observe a tela de logon arrastada para o topo. Nenhuma senha foi necessária.
Criação de uma nova conta de usuário, com o comando 'control userpasswords2', no Windows XP.
Criação de uma nova conta de usuário, com o comando control userpasswords2.
Gerenciador de tarefas aberto, sem uso de logon, no Windows XP.
Ao dar CTRL+ALT+DEL, abriu-se o Gerenciador deTarefas. Pelo visto, ele ficou instável :( Isso ocorreu com alguns outros programas também. No entanto, após criar uma conta e se logar com ela, o acesso ao sistema ficava "normal".
Tela de logon personalizada, também sem a necessidade de logar no sistema, no Windows XP.
Clicando com o direito na área de trabalho e em "Propriedades", pode-se alterar os temas. Veja, deixei o prateado para a tela de logon! Até que esta dica pode ser útil para mera personalização, você altera as opções visuais da tela de logon sem precisar tocar no registro.
Percebi alguns problemas de estabilidade ao rodar programas deste modo, como no gerenciador de tarefas, o copiar/colar arquivos pelo Explorer não funcionava, etc. Depois de uns 5 minutos o Explorer era fechado sozinho, não sei se isso foi programado ou se é devido algum erro não esperado. Afinal não é esperado "fazer logon sem fazer logon", com a conta de usuário SYSTEM. Mas ele podia ser aberto a qualquer momento, digitando-se "explorer" no prompt de comando novamente.
Talvez isso possa ser usado também no Windows Server 2003, visto que possui muita coisa herdada do XP. Eu não testei, mas me deu uma vontade danada de instalá-lo só para testar. Se funcionar, a Microsoft pisou na bola legal com os usuários dos servidores, afinal isso num servidor é inaceitável. Como não testei, não posso dizer muito, além de meras "premonições". Eu estava usando o Windows XP SP1, e coloquei o SP2 só para ver se o problema permanecia nele. Afinal, se tivesse sido corrigido, eu nem me atreveria a escrever este texto. "Pode ser" que alguma das atualizações automáticas tenha corrigido isso, eu não sei porque não uso o computador principal com Internet, portanto, nada de atualizações automáticas. Mas acredito que não, senão esta falha já teria vazado muito mais amplamente.

E como se proteger?

Uma dica para proteção, caso você tenha computadores com Windows XP na empresa (ou em qualquer lugar que seja), e queira se prevenir, é usar o "syskey". Ele é um programinha que vem com o Windows mas quase ninguém conhece, que permite alterar a forma de criptografia das contas de usuários locais. Você pode configurar o Windows para solicitar uma senha especial, independentemente de qualquer conta de usuário, a toda inicialização. Se quiser mais proteção, pode requerer um disquete obrigatório. Sem ele, não se usa o Windows. Para isso basta abrir o SysKey, digitando syskey no "Executar".
SysKey rodando no Windows XP
Tela do SysKey. Clique em "Atualizar" para alterar a proteção do sistema das contas de usuários. Não perca a senha nem o disquete, se for o caso, senão, adeus contas de usuários (mas os arquivos permanecem em C:Documents and settings). Você poderá instalar o Windows do zero em outra pasta, mas perderá acesso a qualquer arquivo criptografado em partições NTFS (se você possuir arquivos protegidos desta forma, é claro).
Pelo menos em teoria, ao ativar a criptografia do banco de dados de contas de usuários dessa forma, o Windows não tem como permitir o logon de ninguém, simplesmente porque não tem as informações das contas, que estariam codificadas na senha especial ou no arquivo do disquete. Pelo que testei, o atalho de segurar SHIFT por 8 segundos não funcionou na tela que pede a senha especial (do syskey). Uma outra ideia, complementar a esta e que não deve ser usada sozinha, é remover ou trocar o arquivo "logon.scr", na pasta system32, a proteção de tela padrão. Os efeitos poderiam ser parecidos se o usuário substituisse esse arquivo pelo prompt de comando, e esperasse ansiosamente por 10 minutos na tela de logon. Para quem não sabe, uma proteção de tela é um arquivo executável, com a extensão ".scr" (eles possuem diferenças técnicas sim, com relação aos ".exe"; mas se você renomear um ".exe" para ".scr", verá que funciona da mesma forma).

 

 

A responsabilidade é de cada um

Algumas pessoas particularmente me criticam por escrever "dicas" com este teor. Em meio a tantos agradecimentos e comentários, recebi algumas críticas de revoltados com um texto que escrevi há um tempo sobre criação de vírus. Não nego que tive um gostinho de atrair lammers, me divirto com as pessoas que acham que sabem de tudo só por seguirem uma receita que mal entendem como funciona. Lá na frente, um dia, elas têm que encarar uma situação e se ferram. Mas muita gente reconheceu o lado importante da matéria (como os vírus são criados, como agem, como se defender, o que fazer, etc). Provavelmente receberei críticas quanto a este texto, mas os que criticam negativamente são usuários que vão contra o bem comum, ao compartilhamento da informação.
Matei a cobra e mostrei o pau, "travei o PC mas mostrei no gerenciador de processos quem foi o culpado". Quanto mais esta informação for divulgada, mais gente se cuidará e, de certa forma, pressionará a empresa produtora do Windows a rever algumas coisas nos seus sistemas antes de soltá-los. Vai dizer que o Tio Bill não sabia que durante a tela de logon a conta usada possui privilégios administrativos? Tudo bem, errar é humano. Antes divulgar esta informação de forma clara e técnica e permitir que mais técnicos e profissionais de TI se mexam para proteger os sistemas dos seus clientes, do que não divulgá-la, ocultá-la. Ela não ficará oculta, um passa para o outro, e se nada for feito para tentar proteger os sistemas, muitos espertinhos se aproveitarão desse mole que o Windows dá. Alunos em escolas e bibliotecas, clientes em lan houses, funcionários em empresas, e até mesmo - porque não? - o seu filho, no seu computador.
Além dessa questão, é uma mão na roda para quem precisa recuperar a senha pessoal, ou criar uma nova conta de usuário, se perder acesso por qualquer motivo às configurações do computador. Uma dica que deve fazer parte da mala de ferramentas de qualquer técnico Windows que se preze. Engraçado que um bom técnico Windows deve ter um live-CD do Linux, não é?

 

 

Concluindo

Isso mostra que a senha de administrador no Windows XP e nada é a mesma coisa. Como o software é fechado, a comunidade não pode fazer nada, devendo esperar por um patch da Microsoft. Isso "se sair". Enquanto isso, o Windows em casa ou no escritório, não está seguro. A ideia é de que a conta de administrador é segura, potente, de que realmente o sistema está protegido. Mas não é isso que ocorre. O acesso local, quando possível, é uma das formas mais fáceis de invadir um computador alheio. Portanto, pense em soluções físicas de proteção. Gabinetes com cadeado, câmeras de segurança onde tiver computadores importantes... Só para não falar da segurança paranóica aplicada em data centers (paranoica, mas essencial!). Enfim, cuide-se.




NO LINUX:

E como se proteger no XP/Server 2003?

Uma dica para proteção, caso você tenha computadores com Windows XP na empresa (ou em qualquer lugar que seja), e queira se prevenir, é usar o "syskey". Ele é um programinha não documentado que vem com o Windows, e permite alterar a forma de criptografia das contas de usuários locais. Você pode configurar o Windows para solicitar uma senha especial, independentemente de qualquer conta de usuário, a toda inicialização. Se quiser mais proteção, pode requerer um disquete obrigatório. Sem ele, não se usa o Windows. Para isso basta abrir o SysKey, digitando syskey no "Executar".

index_html_m4f6ef1b2
Tela do SysKey. Clique em "Atualizar" para alterar a proteção do sistema das contas de usuários. Não perca a senha nem o disquete, se for o caso, senão, adeus contas de usuários (mas os arquivos permanecem em C:Documents and settings). Você poderá instalar o Windows do zero em outra pasta, mas perderá acesso a qualquer arquivo criptografado em partições NTFS (se você possuir arquivos protegidos desta forma, é claro).
Pelo menos em teoria, ao ativar a criptografia do banco de dados de contas de usuários dessa forma, o Windows não tem como permitir o logon de ninguém, simplesmente porque não tem as informações das contas, que estariam codificadas com base na senha especial ou no arquivo do disquete. Pelo que testei, o atalho de segurar SHIFT por 8 segundos não funcionou na tela que pede a senha especial (do syskey).

No Linux

Muitos usuários fãs do Linux podem até me criticar por escrever este texto... Mas falei de como fazer isso no Windows, e se dá, porque não também no pingüim?! Segurança zero! Isso é bom para incentivar as empresas e o pessoal de TI (ou até mesmo em casa) a aplicarem medidas físicas de segurança, pois não basta via software.

O Linux tem uma ferramenta que pode ser um perigo nas mãos erradas: chroot. Incluso em praticamente todas as distribuições (pelo menos, em todas as distribuições sérias e que visem uma boa administração), ele permite obter acesso como root em um sistema Linux, desde que o usuário já possua acesso como root em outro sistema Linux. Em outras palavras, ele monta a pasta raíz "/" numa partição onde outro Linux esteja instalado, e dá poder de root ao operador. Isso pode ser utilizado em manutenção, para editar e/ou recuperar arquivos, e inclusive alterar qualquer senha, configurar permissões de arquivos, etc. Como o Carlos E. Morimoto citou no seu livro "Redes e Servidores Linux", em outras palavras: "Se um usuário der boot com um live-CD no seu servidor, o servidor não será mais seu; será dele". Pois bem...

Basta dar boot com um liveCD do Linux, como o Kurumin e uma infinidade de outros. A única exigência base é que o sistema reconheça o sistema de arquivos onde o Linux a ser "invadido" esteja instalado; em se tratando de Linux, este sistema não será NTFS e a preocupação com isso (acesso em NTFS) não existe. Dado o boot, você deve obter acesso de root no "seu" sistema, enquanto ele está rodando do CD. Em boa parte das distribuições liveCD, não dá para trocar a senha padrão, e ninguém normalmente sabe qual é ela :P Com o Kurumin Linux, dá e é fácil. Ele possui um script "Definir senhas", localizado na área de trabalho. Basta abri-lo para trocar a senha, tanto do usuário "Kurumin" que é usado no live-CD, como o do root. Há também no menu "Configurações do sistema", um item para alterar a senha de root. Isso é muito útil para instalar programas rodando do CD, ou alterar algumas configurações que exijam o reinício do X (onde para se logar depois, será preciso digitar a senha). Se você não estiver usando o Kurumin, pode tentar isso: algumas distros deixam outros consoles logados como root, tecle CTRL + ALT + F1 a F6, e veja se em algum aparece o prompt #. Se tiver, estará logado já como root, aí fica bem fácil e nem precisará usar a interface gráfica (podendo também trocar a senha do liveCD digitando passwd).

Tendo acesso como root rodando do CD, você é praticamente dono do computador :)

Agora você precisa abrir um terminal, montar a partição que contém o sistema a ser "atacado", e mandar ver. A montagem da partição deve incluir o tipo do sistema de arquivos utilizado, montá-la manualmente não será algo tão simples para quem não é usuário do Linux. Para facilitar, você pode abrir o "Meu computador" do Linux (estou dando como exemplo, o Kurumin), e montar a partição a partir dali, clicando nela com o direito e escolhendo "Ação > Montar".

Com a partição montada, abra um terminal (pode ser o Konsole, XTerm ou qualquer outro que você queira). Como o usuário padrão do liveCD provavelmente estará logado, e não o root, você precisa alternar para o root. Use o comando su. Digite su, tecle [enter], e ele pedirá a senha de root. Use a senha que você definiu para o sistema rodando do CD. Ao acessar como root, o símbolo do prompt mudará de $ para #, indicando que os comandos são executados com poder de superusuário (equivale ao "Administrador", no Windows). No Ubuntu ou em outras onde o root vem desativado, você pode usar o sudo.
Dica: em algumas distros com o sudo ativado, você pode digitar sudo passwd com o login de usuário, para definir a senha de root do sistema rodando do CD. Com ela, você acessa um terminal como root e então usa o chroot, comentado a seguir.
Agora digite o comando chroot, passando como primeiro parâmetro o ponto de montagem da partição do sistema no HD que será atacado. Como falei, a partição já deverá estar montada. Por exemplo, chroot /mnt/hda3.
Se tudo estiver ok, o sistema dentro do prompt não será mais o seu do CD, mas sim o que estiver na partição montada :) Aí é só sair fazendo a festa.
Para alterar a senha de root, digite passwd e tecle [enter]. Ele exibirá um prompt "Enter new UNIX Password:", então digite a senha desejada e tecle [enter]. Ele pede para confirmar a senha, afinal é uma medida importante para evitar erros de digitação.
Para alterar a senha de um usuário do sistema no HD, digite passwd seguido pelo nome do usuário. Por exemplo, passwd mah.

Veja um prompt onde troquei a senha do usuário kurumin e de root, de uma instalação do Kurumin no HD, usando um liveCD do Kubuntu:
index_html_6b16ad0f
Nesse caso precisei apenas usar o sudo para realizar ações como root, visto que no Ubuntu a conta de root vem desativada.
O chroot é uma ferramenta muito poderosa usada em recuperação e administração, use com responsabilidade. Ele foi projetado para rodar apenas comandos em modo texto. Mas, com certos artifícios, é até possível rodar programas gráficos do outro sistema; mas isso foge aos objetivos desse texto.

Algumas distribuições talvez implementem outros sistemas para segurança das senhas, inviabilizando este método. Mas pode crer, funciona na grande esmagadora maioria.

A responsabilidade é de cada um

Algumas pessoas particularmente me criticam por escrever "dicas" com este teor. Não é bem por aí. Quanto mais esta informação for divulgada, mais gente se cuidará e, de certa forma, pressionará a empresa produtora do Windows a rever algumas coisas nos seus sistemas antes de soltá-los. Vai dizer que o Tio Bill não sabia que durante a tela de logon a conta usada possui privilégios administrativos? Tudo bem, errar é humano. Antes divulgar esta informação de forma clara e técnica e permitir que mais técnicos e profissionais de TI se mexam para proteger os sistemas dos seus clientes, do que não divulgá-la, ocultá-la. Ela não ficará oculta, um passa para o outro, e se nada for feio para tentar proteger os sistemas, muitos espertinhos se aproveitarão desse mole que o Windows dá. Alunos em escolas e bibliotecas, clientes em lan houses, funcionários em empresas, e até mesmo - porque não? - o seu filho, no seu computador.

Além dessa questão, é uma mão na roda para quem precisa recuperar a senha pessoal, ou criar uma nova conta de usuário, se perder acesso por qualquer motivo às configurações do computador. Uma dica que deve fazer parte da mala de ferramentas de qualquer técnico Windows que se preze. Engraçado que um bom técnico Windows deve ter um live-CD do Linux, não é?

Concluindo

Isso mostra que a senha de administrador no Windows e a de root no Linux podem não valer nada. A idéia é de que a conta de administrador/root é segura, potente, de que realmente o sistema está protegido. Mas não é isso que ocorre. O acesso local, quando possível, é uma das formas mais fáceis de invadir um computador alheio. Portanto, pense em soluções físicas de proteção. Gabinetes com cadeado, câmeras de segurança onde tiver computadores importantes, boot via CD/DVD e USB desativado... Só para não falar da segurança paranóica aplicada em data-centers (paranóica, mas essencial!). Enfim, cuide-se.

Limpando os arquivos temporários do Windows

Introdução

Todo mundo sabe que o Windows e a maioria dos programas, criam arquivos temporários para seu uso. Porém, nem todos os programas apagam os rascunhos que criam, deixando-os entulharem o sistema do usuário.
Os arquivos temporários ocupam espaço no HD, como qualquer outro arquivo. Por si só, eles não reduzem o desempenho. Mas, aos poucos, conforme mais e mais arquivos inúteis vão ficando armazenados, o computador começa a ficar mais lento, por causa da fragmentação dos dados no HD. Além do espaço desperdiçado, que pode chegar a vários gigabytes em HDs de quem nunca limpa os temporários.
Talvez você pense, "com HDs gigantescos, não preciso ficar limpando os temporários freqüentemente". Não é bem assim... Quanto mais espaço, e mais tempo de uso, conforme o instala/desinstala programa, abre/fecha arquivos zipados (que normalmente são extraídos para a pasta dos temporários), etc, seu HD vai ficando com mais e mais arquivos temporários. A situação fica pior ainda para quem mantém o Windows numa máquina virtual, onde normalmente se define um tamanho pequeno de HD, e os temporários reduzem a performance, atrapalham o backup (para quê fazer backup de lixo?!)... Ou seja, não dá para manter para sempre os temporários no seu computador, se você quiser seu sistema sadio; além de poder aproveitar melhor o espaço do seu HD com arquivos que você precisa.
Além disso, como se não bastasse, muitos programas gravam e não limpam depois dados no registro. O registro é um banco de dados no Windows, cujo objetivo é armazenar de forma organizada as configurações do sistema, do próprio Windows, e dos programas que queiram utilizá-lo.
Existem seções diferentes do registro para cada programa, mas muitos não limpam suas configurações e dados quando são desinstalados. Isso com o tempo vai deixando o registro cheio de lixo, com configurações antigas de programas que você não vai mais usar. Por isso é bom uma limpeza, mas esta é praticamente impossível de se fazer manualmente.
Para começar, o registro não é um arquivo de texto, é um arquivo binário que segue um formato específico. O Windows possui um editor, muito conhecido: o "regedit" ("Iniciar > Executar > regedit"). Mas são tantos os locais que podem armazenar dados antigos ou inúteis, que a caça manual por eles não é uma boa idéia. Para isso precisamos usar programas limpadores de registro, como comentarei mais a frente.
Muita gente reclama do registro do Windows, comparando muitas vezes com a forma das configurações do Linux, que ficam em arquivos de texto puro, legíveis e facilmente editáveis/substituíveis. Ambas as formas de guardar as configurações têm suas vantagens e desvantagens. Os arquivos de configuração são fáceis de editar (basta abri-los em qualquer editor de textos), é fácil fazer backup copiando os arquivos, etc. Já o registro não tem nada disso, se o Windows não inicia, muitos problemas não têm como ser consertados. Em compensação, o acesso aos dados no registro normalmente é mais rápido, especialmente se feito várias vezes seguidas, do que em arquivos de texto. E também, dificulta para os usuários editarem ou excluírem algo inadvertidamente, o que prejudicaria o funcionamento normal do sistema.
Bom, não vamos discutir qual é melhor ou pior, vamos organizar melhor o Windows para evitar lentidão, lentidão essa que sempre acontecerá com o tempo, mesmo em computadores mais parrudos, com o instala/desinstala/baixa/copia/move arquivos.

Programas limpadores de arquivos

O Windows possui um acessório de limpeza de disco, básico mas que cumpre seu papel, apesar de ser lento para listar o quanto de espaço será liberado. Trata-se do utilitário "Limpeza de disco", que você pode acessar clicando no botão "Limpeza de disco", na janela das propriedades da unidade desejada, no "Meu computador". Ou, se quiser, pode abri-lo digitando "cleanmgr" no "Iniciar > Executar".
Uma solução de terceiros é o CCleaner, um programa gratuito, que eu recomendo a todos os usuários de Windows que posso:
Tela do CCleaner.
Baixe-o em www.piriform.com/ccleaner.
Ele limpa diversos arquivos temporários e logs, além do histórico, cookies e temporários da Internet do IE, Firefox, Opera, menus de arquivos recentes de diversos programas que ele detecta quando estão instalados, etc. É muito bom, pois há diversos locais no Windows que podem armazenar arquivos temporários, e se você nunca limpar, estará desperdiçando espaço e deixando seu computador mais lento. Já me surpreendi algumas vezes onde passei o CCleaner em computadores de amigos, nem com tanto tempo de uso assim, e ele eliminou mais de 1 GB.
Dica: clicando no botão "Analisar", ele exibe o quanto de espaço será liberado, antes de apagar um byte sequer do HD. Além disso, para uma limpeza mais completa, é bom clicar em "Opções" e a seguir em "Avançado", no CCleaner, e desmarcar o item "Deletar somente arquivos temporários criados a mais de 48 horas". Só não mande limpar logo após instalar algum programa, pois eles podem guardar arquivos temporários para substituição após a reinicialização. A dica é então, reiniciar o computador após instalar algum programa, e só depois de reiniciado, passar o CCleaner.
Dependendo do uso do computador, é bom passar o CCleaner uma vez por semana. Em máquinas virtuais, é bom passar sempre antes de desligá-la, mas claro, depende do uso que cada um faz do sistema. Se você passar freqüentemente e ver que poucos dados são eliminados, pode então ir ampliando os intervalos.


Limpeza manual? Arregace as mangas, e vamos lá!

Para quem gosta de fazer as coisas manualmente, estes são os locais mais comuns de se encontrar arquivos temporários e/ou inúteis, que podem ser apagados com segurança (troque X pela letra da unidade do Windows, normalmente C):
  • X:\Documents and settings\<NomeDoUsuário>\Configurações locais\Temp
Pasta temporária do usuário no Windows 2000 ou superior; se nunca for limpa, cresce indefinidamente, comendo GIGAS e mais GIGAS do seu HD!
  • X:\windows\temp
Arquivos temporários do computador, pouco usada do Windows 2000 para cá, pois cada usuário tem a sua pasta temporária separada; no entanto, alguns programas mais antigos só usam ela, portanto, vale a pena limpar.
  • X:\windows\repair
Cópia de alguns arquivos de sistema do Windows; se ele precisar desses arquivos e não encontrar, vai pedir o CD; na verdade ele só vai precisar se os originais forem apagados ou alterados - o que praticamente nunca ocorrerá em situações normais, desde que você não rode programas suspeitos!
  • X:\windows\system32\dllcache
Idem item anterior, esta ocupa em média de 80 a 400 MB.
  • X:\windows\prefetch
Arquivos que normalmente podem ser removidos no Windows XP ou superior, de tempos em tempos, mas não muito freqüentemente, pois isso poderia reduzir o desempenho; os arquivos desta pasta são "pedaços" do conteúdo carregado em memória de determinados programas, para abertura ou ação mais rápida nas outras vezes que você usá-los; no entanto, aos poucos vão sendo acumulados muitos "pedaços inúteis", de programas antigos ou que você não vai mais usar freqüentemente.
  • X:\windows\Downloaded Installations
Usada por alguns programas, para armazenar seus arquivos de instalação; pode apagar sem dó mesmo, esta pasta pode ocupar centenas de megabytes (como no caso de você ter instalado o Macromedia Flash, Fireworks e Dreamewaver 8 por exemplo); se o programa precisar repor arquivos, use o instalador dele, ou coloque o CD.
  • X:\windows\Installer
Idem item anterior, normalmente guarda os pacotes do Windows Installer, de diversos programas que você possa ter instalados... Pode apagar, se algum programa precisar, normalmente bastará colocar o CD dele novamente ou indicar o caminho do instalador ou do pacote ".msi", no caso de arquivos baixados da Internet.
  • X:\MSOCache
Guarda os arquivos de instalação do Microsoft Office 2003 ou superior, o que consome cerca de 300 a 500 MB, para quem tem instalado o Office 2003 e 2007, respectivamente. Quando você precisar do instalador, insira o CD; é besteira manter a cópia destes arquivos no HD!
  • X:\windows\system32\ReinstallBackups
Armazena os drivers anteriores, usados pela restauração de drivers; pode-se restaurar os drivers no Windows XP/2003 através do Gerenciador de Dispositivos. Se você instalou drivers recentemente para sua placa de vídeo, modem ou o que quer que seja, que já possuíam um driver instalado (como o que vem com o Windows, por exemplo), e viu que os novos não lhe trouxeram problemas, então pode limpar os anteriores. Particularmente, apenas com uma placa de vídeo reinstalada duas vezes, limpando esta pasta economizei cerca de 40 MB! Pois usando os drivers fornecidos pelos fabricantes dos dispositivos, é comum eles ocuparem mais espaço por incluírem programas de configuração e acessórios. Na pasta ReinstallBackups há subpastas com números, vale a pena você entrar em cada uma delas para tentar identificar do que se trata, ver as propriedades para ver o espaço ocupado e decidir então se apaga ou não.)
Note que não comentei apenas de arquivos temporários... O CCleaner e outros programas limpadores nunca sugeririam limpar a pasta dllcache, MSOcache, Downloaded Installations, etc. Mas estas pastas podem ocupar um grande espaço, dependendo dos programas que você mantém instalados.
Importante: faça a limpeza com todos os programas fechados, seja usando um programa limpador, ou manualmente... Pois é comum os programas criarem arquivos temporários durante o uso, em especial programas grandes, editores de áudio e vídeo, mixagem, imagens, etc (até mesmo o OpenOffice/BrOffice!). Não apague os arquivos temporários também se você instalou um programa na sessão atual. Às vezes o instalador armazena arquivos temporários para substituí-los pelos que estavam em uso, e isso ocorre na próxima inicialização. Se você instalou um programa, reinicie o computador e só então exclua os arquivos da pasta "Temp".
Note que algumas pastas podem estar ocultas. Para limpar manualmente os arquivos, certifique-se de mostrar as pastas ocultas no seu computador, ative isso nas opções de pasta (menu "Ferramentas > Opções de pasta > Modos de exibição > Mostrar pastas e arquivos ocultos", no Windows Explorer).


Mais limpeza: cache das DLLs, hibernação, temporários da Internet...

É importante também, no Windows 2000/XP/2003 etc, limitar o tamanho da pasta de recuperação dos arquivos do sistema. Digite num prompt de comando ou no "Executar":
sfc /purgecache
 
Isso limpará a pasta "dllcache" e/ou a "repair", que contém cópias de alguns arquivos de sistema do Windows, como comentado mais acima. No Windows 2000, se aparecer a tela do verificador de arquivos do sistema ao dar esse comando, apenas clique em cancelar.
E um outro comando, que é bom rodar logo em seguida:
sfc /cachesize=50
 
Este define o tamanho máximo da pasta dos arquivos de recuperação, em megabytes. Eu particularmente uso "10" MB, não quero desperdiçar espaço. Afinal, tenho o CD sempre à mão, e nunca precisei!

No Windows Millennium ou XP, desative também a restauração do sistema, acessando as propriedades do "Meu computador". Mas, é claro, só a desative se você não usá-la... Ela ocupa bastante espaço em disco e diminui consideravelmente a performance em algumas aplicações, durante a instalação de alguns programas, etc, já que vive registrando o estado do sistema (adivinha onde? no seu HD!). Se der pau, muitos usuários avançados se viram na raça... Ou seja, boa parte não usa mesmo a restauração do sistema.
Falando em não usar, se você não usa, desative a hibernação (nas opções de energia, no Painel de controle). Com a hibernação ativada, o Windows mantém um arquivo que ocupa sempre o mesmo tamanho do total de memória RAM. Assim, se você possui 256 MB de memória (digo, seu PC rs), esse arquivo terá 256 MB de tamanho no HD, assim como ocuparia 512 MB para quem tem 512 MB de RAM, 1 GB, e por aí vai.
Por padrão, o Windows XP deixa ativada a hibernação, o que pode ser terrível em máquinas virtuais também. Para excluí-lo "depois" de desativar a hibernação, pode ser necessário exibir os arquivos protegidos do sistema, através das opções de pasta (no Windows Explorer ou em uma pasta qualquer, vá ao menu "Ferramentas > Opções de pasta", ou nas versões anteriores (Windows 95, 98 e NT), através do menu "Exibir > Opções de pasta"). O arquivo que deve ser excluído é o "hiberfil.sys", e geralmente fica na pasta raiz do sistema (normalmente a unidade C). Normalmente, ao desativar a hibernação ele é excluído automaticamente; mas esta dica vale também para quem mantém mais de um Windows instalado no mesmo computador, onde terá dois (ou mais!) arquivos de hibernação.
Limite também o tamanho máximo da pasta de arquivos temporários do seu navegador. No IE 6, vá ao menu "Ferramentas > Opções da Internet". No grupo do meio da janela, "Arquivos de Internet temporários", clique no botão "Configurações". Defina então um tamanho pequeno. Dependendo do seu HD ele pode vir configurado para ocupar centenas e centenas de megabytes, pois normalmente é calculado como uma porcentagem do tamanho da unidade! E quando essa pasta tem muitos arquivos, a tendência é a navegação ficar lenta. Aproveite e, antes de definir o tamanho, exclua os cookies e os arquivos temporários clicando nos respectivos botões. Eu geralmente deixo apenas 10 MB para os temporários. No Mozilla Firefox 2, Opera 9 e IE 7 está mais fácil fazer a limpeza: há um item para excluir dados pessoais ou privados, no menu "Ferramentas". No IE 7, é o "Excluir histórico de navegação".


Limpando o registro

Não vou perder tempo aqui comentando as chaves do registro onde você pode encontrar dados inúteis, senão este tutorial não terminaria nunca... Em vez disso, use programas, que já foram "programados" com as várias chaves a serem verificadas. Além disso, a limpeza com programas específicos é muito mais eficiente do que a manual. Eles verificam os caminhos dos arquivos em diversas seções do registro, e então verificam se o arquivo existe no HD. Se ele não existir, significa que trata-se de uma referência a um arquivo que já foi apagado ou desinstalado. A entrada no registro pode então ser excluída. Se você fosse ficar olhando chave por chave, entrada por entrada, e vendo se cada arquivo está mesmo no local indicado ou não... Já viu, né? (você simplesmente não teria tempo para usar o computador!).
O CCleaner tem uma função de limpeza básica. Existem diversos programas limpadores, você não terá muita dificuldade em encontrá-los em sites como o SuperDownloads ou Baixaki. Particularmente, uso o próprio CCleaner e o RegCleaner (na verdade este último pode lhe causar confusão, alguns programadores diferentes mundo afora usam o nome "RegCleaner" em seus programas...).
No CCleaner, clique no botão "Erros", e a seguir no "Procurar Erros". Ao concluir, ele exibe uma lista com todos os erros encontrados:
CCleaner limpando o registro.
É interessante que ele mostra uma descrição do erro, dizendo do que se trata. É óbvio, usuários não avançados não entenderão muito, bastará mandar corrigir os erros. Deixe todos selecionados (a menos que você saiba o que estará fazendo se quiser desmarcar algum) e clique no botão "Corrigir erros selecionados". Se ele pedir para fazer cópia dos dados a serem apagados, clique em "Não"; raramente você precisaria de um backup desse tipo, pois a pesquisa do CCleaner é muito bem feita. Ele apresentará então uma outra telinha:
Explicação do CCleaner para um erro do registro.
Você pode ir lendo um por um e ir clicando em "Corrigir Erro", ou então clicar diretamente em "Corrigir todos os erros selecionados". Esse processo de limpeza não precisa ser feito tão freqüentemente, apenas ao instalar ou desinstalar muitos programas, ou com o passar do tempo, algo como de 3 em 3 meses, por exemplo (cada caso é um caso).

Realmente, o CCleaner é do tipo de programa que deveria vir com o Windows :)
O outro programa que indico é o RegCleaner, do Jouni Vuorio. Baixe em www.macecraft.com:
Tela do RegCleaner.
Ele é mais específico do que o CCleaner para esta tarefa, além de permitir realizar ações diversas para quem sabe o que estará fazendo: remover programas que se iniciam automaticamente (seja por meio de atalhos ou via registro), remover entradas de tipos de arquivos, extensões do shell, etc. Para fazer a limpeza nele, clique em "Ferramentas > Limpeza do registro > Executar todos". Ao concluir, selecione tudo (CTRL + A) e mande excluir (Delete). Cuidado, não faça isso nas outras seções, mas sim apenas na tela de resultados da limpeza.
Dica: estes dois programas comentados (CCleaner e RegCleaner) têm interface em português e em diversas outras línguas. O CCleaner detecta o idioma do seu Windows durante a instalação, mas no RegCleaner você deverá escolher o idioma pelo menu "Options > Language > Select Language", senão ele ficará em inglês.

Concluindo

É claro, nem precisaria falar isso, mas para finalizar... Mantenha no seu HD, só o essencial! Arquivos que você baixou há um tempão, rascunhos de algo que nunca vai terminar, fotos que recebeu em grupos de discussão, etc. Esses arquivos são tão inúteis quanto os temporários, do ponto de vista técnico, e ajudam a deixar os dados mais fragmentados, especialmente para quem não mantém uma partição separada para os arquivos particulares. E não deixe de desfragmentar o disco rígido de tempos em tempos (mas também não abuse, senão o HD sofre com o trabalho e pode ter sua vida útil reduzida). Só para recordar, a desfragmentação pode ser feita no Windows através da guia "Ferramentas" na janela de propriedades da unidade desejada, no "Meu computador". Uma curiosidade é que no Windows 2000, XP ou superior, é possível desfragmentar o HD mesmo com programas abertos, acessando a Internet e tudo mais - claro, dependendo do que você fizer, estará atrasando o processo de desfragmentação e judiará mais ainda do seu HD.
Um fato é que o Windows fica muito mais lento quando há pouco espaço em disco, na unidade onde ele estiver instalado. Isso não é um problema significante para os HDs de hoje, mas pense bem... Quem tem um HD de 40 GB e deixa 10 GB para o sistema, com o tempo e com mais e mais programas instalados, você pode chegar facilmente a ver que apenas 1 GB ou 800 MB estão livres. O Windows fica mais lento, especialmente quando o espaço livre vem chegando a 400, 300 MB... O que complica mais ainda para quem tem HDs pequenos, ou mantém o sistema numa máquina virtual.
Boa limpeza, de tempos em tempos, dê um trato no PC. Você e seu HD só têm a ganhar!

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Limpar A Pasta "Prefetch" Melhora Muito O Boot!!

Eu estava vendo um topico aqui no forum e li que se deletar todo o conteudo da pasta c:\windows\prefetch, o sistema iria bootar mais rapido.
Fui fazer um teste e levei um susto, na hora de carregar o windows, aquela barrinha azul q passa da esquerda p direita, antes passava umas 5 vezes, agora não acaba nem de passar a 1ª vez e ja entra no windows!! ficou muito mais rapido o boot.

Achei um esquema para desativar o cache nessa pasta e nunca mais precisar deletar os arquivos nela:

regedit:
[HKEY_LOCAL_MACHINE\SYSTEM\CurrentControlSet\Control\Session Manager\Memory Management\PrefetchParameters]
Value Name: EnablePrefetcher
Data Type: REG_DWORD (DWORD Value)
Value Data: (0 = disabled, 1 = Application launch prefetching, 2 = Boot prefetching, 3 = Both prefetching)

ps.: antes o valor estava no 3, agora coloquei 0=disabled

Agora fica uma pergunta: PRA QUER SERVE ESSA PASTA???


Abraços